Economia ecológica
O QUE FAZ
Nos últimos anos, a comunidade científica mundial fortaleceu o consenso sobre a possibilidade de um colapso ambiental e climático, caso não haja mudanças no sistema econômico global virgente, que privilegia o acúmulo de riqueza, promovendo consumo desenfreado, desigualdade social e desequilíbrio ambiental.
É nesse contexto que surge a Economia Ecológica, como uma área de estudo urgente e uma inovação no campo socioambiental, cujo objeto de investigação são as relações entre ambiente, economia e sociedade, bem como os impactos ecossistêmicos gerados pelas atividades humanas sobre a natureza.
Para isso, a Economia Ecológica fundamenta-se em uma abordagem interdisciplinar, que associa conhecimentos e disciplinas das Ciências Naturais (notadamente Ecologia, Biologia e Geografia), Ciências Sociais Aplicadas (Economia) e Ciências Agrárias (Agronomia, Zootecnia, Engenharia Ambiental e Engenharia Florestal).
Munido desse repertório articulado, o profissional em Economia Ecológica dedica-se a pesquisar, compreender e aplicar a observância dos limites biofísicos para as atividades econômicas – limites ambientais seguros dentro dos quais a humanidade pode se desenvolver sem que as mudanças na natureza sejam irreversíveis.
Ou seja, sua atuação sempre será pautada pela busca da sustentabilidade dentro dos arranjos e processos de produção humanos em diferentes setores, como agropecuária, mobilidade, infraestrutura e tecnologia. Como gerar energia, alimentos, comunicação, habitação, transporte, saúde e outras necessidades sem comprometer os ecossistemas que habitamos e do qual fazemos parte. Eis o desafio no qual trabalham os economistas ecológicos.
ONDE TRABALHA
Egressos do curso podem atuar em agências, órgãos governamentais, ONGs, prefeituras, empresas e startups de produtos ou serviços relacionados às pautas de meio ambiente (compostagem, reciclagem, extração e manejo de compostos naturais, resíduos sólidos e efluentes, educação ambiental, turismo sustentável, valoração ambiental, entre outros), como líderes, integrantes de equipe ou consultores.
Sua função pode incluir o desenvolvimento de pesquisas, projetos e elaboração de pareceres técnicos que irão embasar a tomada de decisões em uma instituição pública, organização civil ou empresarial. O economista ecológico também pode se dedicar à produção científica e ao trabalho com recuperação e preservação de áreas ambientais. Também pode atuar no assessoramento ambiental de lideranças políticas, de movimentos sociais, sindicais, empresas e instituições sociais.
O CURSO NA UFC
O QUE ESTUDA
Por meio de um currículo transdisciplinar, a formação em Economia Ecológica proporciona ao aluno uma visão sistêmica dos aspectos ambientais, econômicos, políticos e sociais que atravessam a interação humana com o ambiente.
Nos primeiros semestres, um dos principais objetivos é trabalhar nos conceitos e na importância de uma gestão ecologicamente sustentável dos bens comuns à sociedade. Algumas disciplinas desse momento são Antropologia Econômica, Matemática e Estatística para a Economia Ecológica, Formação Socioeconômica Geral, Economia Política e Natureza, Formação do Território Brasileiro e Poluição Ambiental.
Ao longo da graduação, surgem conteúdos mais específicos e complexos, relacionados a diferentes realidades territoriais e métodos para diagnóstico, planejamento, projetos de estudo, intervenção, monitoramento e sistematização de experiências. Nos quatro períodos finais, são ofertados componentes curriculares como Geoprocessamento, Cartografia Social, Mundialização do Capital e Financeirização da Natureza e Direito Ambiental.
Na UFC, a primeira turma de Economia Ecológica ingressou em 2015. O turno é majoritariamente noturno, com algumas disciplinas ministradas no período vespertino, sobretudo as de atividades de campo.
FICHA DO CURSO
Ingresso: Sisu / Onde: Fortaleza – Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra (av. Mister Hull, 2977, Centro de Ciências Agrárias, Bloco 860, Pici, Fortaleza, CE) / Grau: bacharelado / Duração: 8 semestres / Turno: integral / Número de vagas: 50 por ano, com ingresso no 2º semestre.
