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Engenharia de alimentos

O QUE FAZ

Um tomate pode ser consumido cru, apenas com uma pitada de sal e azeite. Mas também é possível tirar a pele, as sementes e fabricar tomate pelado, passata, polpa, molho e extrato. Dá para desidratar e fazer tomate seco, ou usá-lo como ingrediente em salgadinhos, temperos em pó, sucos e pratos prontos. Seja qual for a escolha, todas elas passam pela Engenharia de Alimentos – área dedicada aos conhecimentos, às práticas e tecnologias para a industrialização de diferentes tipos de insumos.

Por industrialização entenda-se não apenas a fabricação de ultraprocessados (que passam por grandes alterações e são adicionados de cinco ou mais ingredientes, sobretudo açúcar, gordura, sal e aditivos químicos), mas também dos minimamente processados (grãos, cereais, leite, ovos, carnes, entre outros). Mesmo frutas, legumes e verduras frescas exigem algum tipo de intervenção para sair do campo e chegar ao seu prato, incluindo transporte, armazenamento e embalagem.

Assim, na fazenda, na fábrica ou no laboratório, cabe ao engenheiro de alimentos sistematizar diferentes etapas e desenvolver soluções para a disponibilização de produtos ao público. Isso envolve tanto a pesquisa de formulações, sabores e receitas como as tecnologias de produção, passando pela seleção de matérias-primas, definição de boas práticas de manipulação e higiene até a escolha da embalagem, de métodos de acondicionamento e de logísticas de distribuição.

Ele também realiza testes e controle de qualidade dos produtos – para determinar, por exemplo, o que mantém e o que altera cor, sabor e consistência do produto; a ausência ou presença de microrganismos; e os valores nutricionais, sempre em observância à legislação vigente.

ONDE TRABALHA


Engenheiros de alimentos podem atuar em indústrias de processamento e fabricação de alimentos; em empresas de embalagens e equipamentos, controle de qualidade, aditivos, rotulagem e gestão de produção; e em instituições de pesquisa e agências reguladoras. Podem, ainda, prestar consultoria ou investir em um negócio próprio no ramo alimentício.

O setor de serviços também apresenta oportunidades em estabelecimentos como restaurantes, supermercados, redes de fast-food e frigoríficos. Destaque ainda para o campo promissor de pesquisas na área de biotecnologia e modificação de alimentos mediante a engenharia genética.

O CURSO NA UFC

O QUE ESTUDA


A formação em Engenharia de Alimentos articula fundamentos e práticas da Química, Matemática, Física e Biologia. Nos primeiros semestres, o aluno costuma ter disciplinas de Cálculo, Física Básica, Química Geral, Álgebra, Microbiologia Básica e Físico-Química. Nesse momento, o objetivo é viabilizar a compreensão sobre a estrutura e a composição de diferentes alimentos e sobre as reações químicas que ocorrem nas etapas da cadeia produtiva.

Ele também aprende sobre microrganismos responsáveis pela deterioração e contaminação dos produtos e sobre métodos de processamento, como pasteurização, esterilização, congelamento, desidratação e fermentação.

Mais à frente, entram matérias específicas, como Análise de Alimentos, Bioquímica, Ciência dos Materiais, Análise Sensorial, Tecnologia de Alimentos, Nutrição Básica, Economia da Engenharia e Higiene e Gestão de Qualidade, além das disciplinas específicas de Engenharia, como Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias.

São abordados ainda aspectos da legislação, normas de segurança alimentar, etiquetagem nutricional e boas práticas de fabricação na indústria de alimentos.

Na UFC, o Departamento de Tecnologia de Alimentos foi criado em 1975. O curso de Engenharia de Alimentos, por sua vez, foi criado em 1984, e desde então se mantém atualizado, em sintonia com as transformações tecnológicas do setor e do próprio mercado.


FICHA DO CURSO

Ingresso: Sisu / Onde: Fortaleza – Campus do Pici prof. Prisco Bezerra (av. Mister Hull, s/n, Centro de Ciências Agrárias, Bloco 858, Pici, Fortaleza, CE) / Grau: bacharelado / Duração: 10 semestres / Turno: integral / Número de vagas: 100 por ano (50 por semestre).