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Segurança da informação

O QUE FAZ

É uma faca de dois gumes: se, por um lado, a digitalização facilitou e tornou mais ágeis inúmeros processos da vida na sociedade contemporânea, por outro, dificultou o controle de dados pessoais e a garantia da privacidade. O rastro de informações que deixamos é inevitável e construído com a soma de pequenas atitudes ou imposições burocráticas – do uso de redes sociais ao pagamento de uma conta no aplicativo do banco.

Combinados por algoritmos, seus dados podem fornecer um perfil da sua rotina, dos seus hábitos e inclinações ideológicas, podendo ser usados para fins comerciais ou, pior, criminosos.

Esse mesmo risco atinge organizações empresariais e instituições públicas, quando o sequestro e vazamento de dados tomam proporções ainda mais perigosas. Imagine o banco de dados com informações pessoais e bancárias de milhares de clientes; documentos de processos que correm em segredo de justiça; dados de operações militares, de investigações policiais ou de pacientes em tratamento. Uma vez divulgados, esses conteúdos podem acarretar enormes prejuízos.

Logo, os avanços da virtualização exigiram o desenvolvimento de tecnologias de proteção de dados e de uma legislação que regulamenta seu uso (a exemplo da Lei Geral de Proteção de Dados). É nesse contexto que surge o profissional em Segurança da Informação, cujo trabalho é elaborar políticas, sistemas e ferramentas voltadas ao controle da circulação de dados, com o objetivo de garantir que o acesso, a coleta e a divulgação ocorram com o aval de seus titulares, sob parâmetros da legalidade, da confidencialidade e da ética.

Dentro da área de Tecnologia da Informação (TI), a atuação do técnico especialista em segurança de dados está ligada diretamente ao desenvolvimento e gerenciamento de soluções de hardware e software dedicadas a prevenir, detectar e agir em casos de ataque. Exemplos conhecidos são os programas antivírus, dispositivos de firewall, assinaturas eletrônicas, criptografia, autenticação de dois fatores e, mais recentemente, reconhecimento biométrico e facial.

Ele também pode trabalhar na identificação e análise de riscos em sistemas de informação, planejando contingências e estabelecendo protocolos de recuperação das informações, em áreas como gestão de bancos de dados, de redes computacionais e de sistemas.

ONDE TRABALHA


A depender do porte, quase toda empresa ou instituição conta com serviços de segurança da informação, seja em um departamento próprio (como parte das atribuições da equipe de TI) ou por meio de prestadores de serviços. O mercado é vasto e deve seguir crescendo. Um técnico especialista em Segurança da Informação pode tanto buscar oportunidades nesses espaços – como analista, gerente ou diretor de segurança – quanto instituir a própria consultoria.

O trabalho inclui administração e supervisão de ambientes computacionais (redes e infraestruturas) e de fluxos de dados; suporte técnico; realização de auditorias; configuração de sistemas e programas; planejamento e gestão de projetos e operações; identificação de oportunidades de aplicação de TI e prospecção de soluções tecnológicas.

O CURSO NA UFC

O QUE ESTUDA


Por lidar diretamente com dados, tecnologia e comunicação, a graduação em Segurança da Informação exige conhecimentos de diferentes campos da matemática, da computação e análise de sistemas – entre sistemas operacionais, redes, linguagem de programação, engenharia de software e algoritmos.

Oferecido no Campus da UFC em Itapajé, o curso de Segurança da Informação é uma das três formações em tecnologia ofertadas na localidade (junto com Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência de Dados). Por serem cursos superiores de tecnologia, que conferem grau de tecnólogo, seu tempo de formação é menor (mínimo de seis semestres), com foco em um mercado de trabalho que se transforma rapidamente.

Nos primeiros semestres, algumas disciplinas são Arquitetura de Computadores e Software Básico, Matemática Aplicada à Computação, Fundamentos de Programação, Princípios de Segurança da Informação, Estrutura de Dados e Criptografia e Segurança. Mais à frente, parte da carga horária é voltada à prática profissional nos Projetos Integradores I e II, cuja base temática é a segurança da informação nos contextos científico, cultural, educativo e político.

O objetivo é formar profissionais qualificados em seus respectivos eixos de atuação, aptos a atuar em empresas de âmbito nacional e internacional, ou mesmo criar seus próprios negócios.


FICHA DO CURSO

Ingresso: Sisu / Onde: Itapajé – Campus Jardins de Anita (rua Francisco José de Oliveira, s/n, Centro, Itapajé, CE) / Grau: tecnólogo / Duração: 6 semestres / Turno: integral / Número de vagas: 30 por ano, com ingresso no 1º semestre.